5,063 research outputs found

    Fator reumatóide-imunoglobulina E na artrite reumatóide juvenil

    Get PDF
    OBJECTIVES: To determine the presence of immunoglobulin E-rheumatoid factor in patients with juvenile rheumatoid arthritis and to correlate it with clinical and laboratory parameters. METHODS: A multicenter prospective study was carried out from January 1993 to January 1999 with the enrollment of 3 centers of pediatric rheumatology. Ninety-one children with juvenile rheumatoid arthritis diagnosed according to the American College of Rheumatology criteria were studied: 38 (42%) with systemic, 28 (31%) with pauciarticular, and 25 (27%) with polyarticular onset. Ages ranged from 2.1 years to 22.6 years (mean 10.5 ± 4.7), with 59 (65%) girls. The control group consisted of 45 healthy children. The detection of immunoglobulin E-rheumatoid factor was carried out utilizing an enzyme-linked immunosorbent assay. Associations of immunoglobulin E-rheumatoid factor with immunoglobulin M-rheumatoid factor (latex agglutination test), total serum immunoglobulin E, erythrocyte sedimentation rate, antinuclear antibody, and functional and radiological classes III or IV were analyzed. RESULTS: Positive immunoglobulin E-rheumatoid factor was found in 15 (16.5%) of the 91 children with juvenile rheumatoid arthritis: 7 (18.5%) with systemic, 5 (18%) with pauciarticular, and 3 (12%) with polyarticular onset. A significant correlation was observed between immunoglobulin E-rheumatoid factor and total serum immunoglobulin E in the juvenile rheumatoid arthritis patients. No correlation was found between immunoglobulin E-rheumatoid factor and positive latex agglutination slide test, erythrocyte sedimentation rate, antinuclear antibody, or the functional and radiological classes III or IV in any disease onset group. In 4 out of 45 control children (8.9%), immunoglobulin E-rheumatoid factor was positive but with no correlation with total serum immunoglobulin E levels. CONCLUSIONS: Immunoglobulin E-rheumatoid factor could be detected in 16.5% of juvenile rheumatoid arthritis patients, particularly in those with high levels of total serum immunoglobulin E, and immunoglobulin E-rheumatoid factor appears not to be associated with disease activity or severity.OBJETIVOS: Determinar os níveis séricos do fator reumatóide-imunoglobulina E na artrite reumatóide juvenil e correlacioná-los com parâmetros clínicos e laboratoriais. MÉTODOS: Estudo multicêntrico prospectivo, realizado entre janeiro de 1993 a janeiro de 1999 com participação de três centros de reumatologia pediátrica. Estudaram-se 91 crianças com o diagnóstico de artrite reumatóide juvenil de acordo com os critérios do Colégio Americano de Reumatologia: 38 (42%) com a forma de início sistêmica, 28 (31%) pauciarticular e 25 (27%) poliarticular. A idade variou de 2,1 a 22,6 anos (média de 10,5 ± 4,7 anos) e 59 (65%) crianças eram do sexo feminino. O grupo controle constituiu-se de 45 crianças sadias. A detecção do fator reumatóide-imunoglobulina E foi realizada através de um ensaio imunoenzimático. Associações do fator reumatóide-imunoglobulina E com: fator reumatóide-imunoglobulina M (látex), imunoglobulina E sérica total, VHS, FAN, classe funcional e radiológica III ou IV foram analisadas. RESULTADOS: Das 91 crianças com artrite reumatóide juvenil, quinze (16,5%) apresentaram fator reumatóide-imunoglobulina E positivo. Destas, 7(18,5%) na forma sistêmica, 5 (18%) na pauciarticular e 3 (12%) na poliarticular. Observou-se correlação estatisticamente significativa entre o fator reumatóide-imunoglobulina E e a média geométrica da imunoglobulina E sérica total no total dos pacientes com artrite reumatóide juvenil; não foi observada correlação estatística entre o fator reumatóide-imunoglobulina E e positividade para o Látex, VHS, FAN e classe funcional e radiológica 3 ou 4 em nenhuma das formas de início da doença. Dos 45 controles, 4 (8,9%) também apresentaram fator reumatóide-imunoglobulina E positivo, mas não houve correlação com a imunoglobulina E sérica total. CONCLUSÕES: O fator reumatóide-imunoglobulina E pode ser detectado em 16,5% dos pacientes com artrite reumatóide juvenil, especialmente naqueles com níveis elevados de imunoglobulina E sérica total. O fator reumatóide-imunoglobulina E parece não se associar com atividade ou gravidade da artrite reumatóide juvenil

    Descriptive analysis of the demographical and clinical characteristics of the patients with rheumatoid arthritis in the State of São Paulo, Brazil

    Get PDF
    OBJECTIVE: to perform a retrospective analysis of clinical and demographic characteristics of rheumatoid arthritis (RA) patients followed in outpatient clinics in the State of São Paulo, Brazil. METHODS: 1.381 medical records of rheumatoid arthritis patients were reviewed in the period between 2002 and 2005. These data were analyzed using a standardized form, based on the following parameters: sex, age, race, weight, follow-up time, disease progression, functional status, rheumatoid factor positivity, social status, pain in the last visit, radiologic progression, extra-articular manifestations, quantitative assessment of functional status and disease active score (DAS), pharmacological treatment, and physical therapy. RESULTS: 86% were female Caucasians. Age of disease onset varied between the forth and fifth decades. Mean follow-up was 7.2 years and mean body weight was 65.6 kg. Less than 5% of the patients were classified as severe and the majority of the patients presented functional class I and II. Extra-articular manifestations were observed in 23.3% and the rheumatoid factor was positive in 71%. Only 33% of the patients had radiological evaluation and were working regularly. Methotrexate was the most common medication (15-19 mg/week). Only 25% of these patients were attending physical therapy and 30% had quantitative assessment of functional status and DAS. CONCLUSION: this analysis provided a partial analysis of the RA Brazilian population, identified demographic and clinical characteristics, the therapeutic drugs used, and the difficulty of the patients in attending rehabilitation services.OBJETIVO: realizar uma análise retrospectiva das características demográficas e clínicas de pacientes com artrite reumatóide (AR), em acompanhamento ambulatorial no Estado de São Paulo, Brasil. MÉTODOS: foram revisados 1.381 prontuários de pacientes com artrite reumatóide, atendidos entre 2002 e 2005. Os prontuários foram transcritos em protocolos padronizados, coletando-se idade, sexo, raça, peso corpóreo, tempo de doença, gravidade da doença, classificação do estado funcional, fator reumatóide, condição social, presença de dor na última consulta, avaliação de progressão radiológica, envolvimento extra-articular, emprego de questionários de Qualidade de Vida ou de Atividade da Doença, tipos de tratamentos e de programa de reabilitação. RESULTADOS: dos 1.381 pacientes, 86% eram mulheres, caucasianas, estavam entre a quarta e quinta década, tempo médio de doença de 7,2 anos e o peso corpóreo médio de 65,6 kg. Uma minoria (5%) foi classificada como grave, e a maioria apresentava classe funcional I e II. As manifestações extra-articulares ocorreram em 23,3%, e o fator reumatóide era positivo em 71% dos pacientes. Somente um terço possuía acompanhamento radiológico e estava trabalhando. O medicamento mais utilizado foi o metotrexato (dose 15-19 mg/semana). Um quarto dos pacientes estava freqüentando programas de reabilitação, e um terço possuía avaliações de qualidade de vida e de atividade da doença. CONCLUSÃO: essa análise proporcionou uma visão parcial dos pacientes brasileiros com AR, identificando pontos importantes em relação às características demográficas e clínicas, os tipos de tratamentos farmacológicos e a pequena utilização de marcadores de doença e questionários de qualidade de vida, bem como a limitação de serviços de reabilitação disponíveis para os pacientes.Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina de Ribeirão PretoSanta Casa de Misericórdia de São Paulo Faculdade de MedicinaFaculdade de Medicina de São José do Rio PretoUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Faculdade de MedicinaUNIFESP, Faculdade de MedicinaSciEL

    Artrite Reumatóide: o ponto de vista do ortopedista

    Get PDF
    O tratamento da artrite reumatóide assenta no trabalho de uma equipa multidisciplinar constituída por reumatologistas, ortopedistas, fisiatras e anestesistas, entre outros. A intervenção cirúrgica representa, apenas, uma das etapas da planificação do tratamento global do doente. A cirurgia na artrite reumatóide deve ser reservada para os doentes que não respondam satisfatoriamente a um tratamento médico bem conduzido, e deve ser efectuada, de um modo geral, nos estádios iniciais da doença, por forma a permitir alcançar o melhor resultado. Se assim não acontecer, se o doente não for operado em tempo útil, estabelecem-se lesões das partes moles irreversíveis, cujo tratamento conduz, naturalmente, a um resultado menos conseguido, apesar das modalidades cirúrgicas de elevada eficácia terapêutica que actualmente dispomos. Com a cirurgia pretende-se, de um modo geral e numa ordem de prioridades decrescentes, aliviar/suprimir a dor, melhorar a função, prevenir as destruições, corrigir as deformidades e melhorar a estética. O objectivo final a conseguir é a reintegração sócio-profissional do doente, nas melhores condições que for possível. A determinação das prioridades cirúrgicas é um problema específico da artrite reumatóide. A decisão de onde, quando e que tipo de operação cirúrgica deve ser realizada em primeiro lugar, pode constituir a parte mais delicada da abordagem terapêutica

    Análise do perfil lipidico de pacientes com artrite reumatóide

    Get PDF
    Trabalho de Conclusão de Curso - Universidade Federal de Santa Catarina. Curso de Medicina. Departamento de Clinica Medica

    Marcadores tumorais em pacientes com artrite reumatóide

    Get PDF
    Trabalho de Conclusão de Curso - Universidade Federal de Santa Catarina. Curso de Medicina. Departamento de Clinica Medica

    Role of IL-1β in rheumatoid arthritis

    Get PDF
    Tese de doutoramento, Ciências Biomédicas (Imunologia), Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, 2012Rheumatoid arthritis is a chronic inflammatory and immuno-mediated disease with a significant involvement of the synovial membrane of multiple small joints and progressive destruction of cartilage and bone, which leads to functional impairment and a significant increase of both morbidity and mortality of patients. Early diagnosis and an accurate prompt therapeutic strategy are crucial to prevent rheumatoid arthritis progression and joint destruction that can occur immediately after its onset. The most debilitating characteristic of rheumatoid arthritis is the synovial hyperplasia of joints, which is mediated by the interplay of several immune cells (macrophages, neutrophils, T and B cells) and complex cytokine networks (particularly interleukin (IL)-1β, tumor necrosis factor (TNF) and IL-17). IL-1β is considered to be a crucial element in rheumatoid arthritis pathology due to its ability to enhance cytokine and chemokine secretion, metalloproteinases (MMPs) production, T cell expansion and survival which further increases antibody production by B cells, T helper (Th)17 cells differentiation, and osteoclastogenesis with consequent bone loss. Importantly, the production of IL-1β is tightly regulated both at the transcriptional and post-translational levels, involving nuclear factor kappa-lightchain- enhancer of activated B cells (NF-kB), inflammasomes and caspase-1. Interestingly, it has been shown that perturbation of these regulatory mechanisms results in an exaggerated inflammatory response that underlies autoinflammatory and autoimmune diseases, such as rheumatoid arthritis. These mechanisms might be particularly relevant in the early phase of the disease. Nevertheless, the majority of the studies concerning rheumatoid arthritis physiopathology have focused on the established phase of this disease, while the knowledge regarding the cellular interactions and the immunologic regulatory cascades involved in its onset are still scarce. The main goal of this work was to study the early triggers of the inflammatory process in rheumatoid arthritis, including those involved in inflammasome activation. Accordingly, the first task in this study was the analysis of the early cytokine and chemokine environment in the early phase of rheumatoid arthritis. To that end, a cohort of untreated polyarthritis patients with less than six weeks of disease duration was prospectively followed up. These patients were evaluated at baseline (without treatment) and after short-term therapy with low dose of corticosteroids and methotrexate (MTX). The clinical follow up of these patients allowed the identification of two subgroups of patients: one that evolved into rheumatoid arthritis and another which XXXI evolved into other chronic inflammatory joint diseases or had self-limited forms of arthritis. Additionally, a second cohort of rheumatoid arthritis patients with established disease and under MTX therapy was also analyzed. Interestingly, we found that in the very early phase of rheumatoid arthritis there are increased levels of circulating cytokines related with the recruitment (IL-6), maturation and survival (a proliferationinducing ligand (APRIL) and B-lymphocyte stimulator (BLyS)) of B cells, as well as a cytokine profile that supports neutrophil recruitment (IL-8) and Th17 cells polarization (IL-1β and IL-6) and activation (IL-17A and IL-22) when compared with other very early chronic inflammatory joint diseases and with the established phase of the disease. Furthermore, the analysis of synovial fluid samples from established rheumatoid arthritis patients treated with MTX also revealed a pattern of cytokines similar to that of the very early phase of the disease. Of note, treatment with corticosteroids and MTX, although clinically effective in reducing inflammatory manifestations, did not seem to affect the cytokine content in circulation. The increased concentration of IL-1β observed since the early phase of the disease both in peripheral blood and in the synovial fluid may be explained by the increased levels of active caspase-1 that were also observed both in early untreated rheumatoid arthritis patients with less than 1 year of disease evolution and in established rheumatoid arthritis patients treated with MTX. The crucial role of IL-1β suggests that this cytokine could be a promising target for rheumatoid arthritis treatment. However, clinical trials with IL-1 receptor targeting (anakinra) and with IL-1 monoclonal antibody (canakinumab) have not revealed encouraging results in the established phase of rheumatoid arthritis compared with TNF antagonists. Therefore, we raised the hypothesis that IL-1β plays a complementary role to that of TNF and more relevant in the early stage of the disease rather than in the established phase. Consequently, interference, during the early phase of arthritis, with pathways regulating both IL-1β and TNF could constitute a promising therapeutic option. To test this hypothesis, a drug screen was performed in a THP1 macrophage-like cell line in order to identify those that simultaneously down-regulate the production of both cytokines. The drugs that were selected were further studied in vivo in a wistar rat model of adjuvant-induced arthritis to analyze their potential anti-inflammatory properties. The in vivo experiments revealed that two of the selected drugs, celastrol and gambogic acid, have anti-inflammatory and anti-proliferative properties and are able to effectively treat arthritic rats, by an inhibitory effect of IL-1β and TNF, induced by a down-regulation of caspase-1 and NF-kB activation. Finally, to distinguish between the direct role for IL-1β as an effector or as an upstream initiator, by driving the differentiation of Th17 cells in XXXII the inflammatory process, a drug which inhibits retinoic acid receptor-related orphan receptor gamma (RORγ)T transcriptional activity (digoxin) was also tested in vivo in the same animal model in order to observe its anti-inflammatory effects. We found that digoxin was able to ameliorate the inflammatory signs of the arthritic rats only if administered in the early phase of arthritis development, albeit with a slower and less efficient effect on disease progression compared with the drugs above mentioned. In contrast to digoxin, celastrol and gambogic acid are also effective if administered in the later phase of arthritis development, which is crucial for rheumatoid arthritis management. These results suggest that the isolated inhibition of Th17 cells polarization might be a strategy with limited efficacy, at least in the established phase of the disease. Overall, the results of the present thesis support the hypothesis that IL-1β plays a more relevant role in the early rather than late phase of rheumatoid arthritis. Thus, these original results have important clinical implications, by suggesting that an earlier intervention of therapies targeting IL-1β pathways might be of beneficial clinical use to induce early remission and this strategy should be evaluated in rheumatoid arthritis patients.A artrite reumatóide é uma doença inflamatória crónica imunomediada, com envolvimento predominante da membrana sinovial das pequenas articulações e destruição progressiva de cartilagem e osso, que induz incapacidade funcional e aumento da morbilidade e mortalidade dos doentes. O diagnóstico precoce da artrite reumatóide e a administração imediata de uma terapêutica adequada são cruciais para a prevenção da progressão da doença e da destruição articular, a qual pode ocorrer numa fase muito inicial. A característica mais debilitante da artrite reumatóide é a hiperplasia sinovial. Esta inflamação sinovial é mediada pela interação entre diversas células do sistema imunitário (macrófagos, neutrófilos, células T e B) e complexas redes de citocinas (particularmente interleucina (IL)-1β, fator de necrose tumoral (TNF) e IL-17). A IL-1β é considerada um dos elementos centrais na patologia da artrite reumatóide, por induzir um aumento na secreção de citocinas e quimiocinas e produção de metaloproteinases (MMPs) bem como expansão e sobrevivência de células T, que por sua vez conduzem a um aumento na produção de autoanticorpos pelas células B, à diferenciação de células T auxiliares (Th)17 e à osteoclastogénese, com consequente erosão óssea. É importante salientar que a produção de IL-1β é fortemente regulada quer a nível da transcrição, quer a nível da pós-tradução, envolvendo o factor nuclear kappa B (NF-kB), o inflamassoma e a caspase-1. É interessante notar que estudos anteriores documentaram que a desregulação destes mecanismos resulta numa resposta inflamatória exacerbada e desnecessária, característica de doenças autoinflamatórias e autoimunes, como é o caso da artrite reumatóide. Estes mecanismos poderão ser particularmente relevantes na fase muito inicial da doença. Contudo, a maioria dos estudos relativos à fisiopatologia da artrite reumatóide têm sido focados na fase estabelecida da doença, sendo o conhecimento acerca das interações celulares e dos mecanismos regulatórios imunológicos que participam na fase inicial da artrite reumatóide ainda muito limitado. O principal objectivo deste trabalho foi o estudo dos elementos iniciadores do processo inflamatório na artrite reumatóide, incluindo aqueles que estão relacionados com a atividade do inflamassoma. Assim, a primeira tarefa realizada neste estudo foi a análise da libertação de citocinas e quimiocinas na fase muito inicial da artrite reumatóide. Para tal, um grupo de doentes com poliartrite com menos de seis semanas de evolução, não tratada, foi prospectivamente seguido. Estes doentes foram XXVII avaliados antes do tratamento, após terapêutica de curta duração com dose baixa de corticosteróides e após metotrexato (MTX). O acompanhamento clínico destes doentes permitiu a identificação de dois subgrupos: um que evoluiu para artrite reumatóide e um outro que evoluiu para outras doenças crónicas inflamatórias articulares ou que incluiu formas autolimitadas de artrite. Adicionalmente, foi analisado um segundo grupo de doentes com artrite reumatóide na fase estabelecida da doença, sob terapêutica com MTX. É interessante notar que, na fase muito inicial da artrite reumatóide, foram observados no soro dos doentes níveis aumentados de citocinas relacionadas com o recrutamento (IL-6), maturação e sobrevivência das células B (a proliferation-inducing ligand (APRIL) e B-lymphocyte stimulator (BLyS)), bem como um perfil de citocinas relacionadas com o recrutamento de neutrófilos (IL-8) e com a polarização (IL-1β e IL-6) e ativação (IL-17A e IL-22) de células Th17, comparativamente com doentes que não evoluem para artrite reumatóide e com doentes com artrite reumatóide estabelecida. Além disso, a análise de amostras de líquido sinovial de doentes tratados com MTX na fase estabelecida da artrite reumatóide revelou também um perfil de citocinas semelhante ao da fase muito inicial desta doença. De salientar que o tratamento com corticosteróides e MTX, embora clinicamente eficaz na redução das manifestações inflamatórias, não pareceu afetar o padrão de citocinas em circulação. A elevada concentração sérica e sinovial de IL-1β observada desde a fase muito inicial da artrite reumatóide pode ser explicada pelo aumento nos níveis de caspase-1 ativada que foi também observado, quer em doentes com artrite reumatóide com menos de 1 ano de evolução e não tratados, quer nos doentes com artrite reumatóide estabelecida, tratados com MTX. O papel central da IL-1β faria supor que esta citocina seria um alvo ideal na terapêutica da artrite reumatóide. Contudo, os resultados dos ensaios clínicos em doentes com artrite reumatóide estabelecida com um bloqueador do recetor da IL-1β (anakinra) e com um anticorpo monoclonal (canakinumab) não demonstraram o mesmo nível de eficácia dos antagonistas do TNF. Colocámos a hipótese de que a IL-1β desempenhe um papel complementar ao do TNF e mais relevante na fase inicial da doença. Por este motivo, a interferência na fase inicial da artrite com a via reguladora da libertação de IL-1β e de TNF poderia constituir uma opção terapêutica promissora. Para testar esta hipótese, usou-se uma biblioteca de drogas na linha celular macrofágica THP1 no sentido de identificar as drogas que simultaneamente diminuam a produção de ambas as citocinas. As drogas selecionadas foram posteriormente estudadas in vivo num modelo de rato Wistar de artrite induzida por adjuvante para analisar as suas propriedades anti-inflamatórias. XXVIII Nestas experiências in vivo foi observado que duas das drogas selecionadas, o celastrol e o ácido gambógico, têm propriedades anti-inflamatórias e anti-proliferativas, tratando eficazmente os ratos artríticos devido ao seu efeito inibitório sobre a IL-1β e o TNF, induzido pela diminuição da ativação quer da caspase-1, quer do NF-kB. Por fim, com o intuito de distinguir entre um papel direto da IL-1β como elemento efetor ou como iniciador do processo inflamatório, pela indução da diferenciação das células Th17, foi também testada in vivo uma droga inibitória da atividade transcricional do retinoic acid receptor-related orphan receptor gamma (RORγ)T (digoxina) no mesmo modelo animal, permitindo a análise do seu efeito anti-inflamatório. Após o tratamento com a digoxina foi observada uma melhoria nos sinais inflamatórios dos ratos artríticos quando a droga foi administrada na fase inicial do desenvolvimento da artrite, tendo-se verificado um efeito menos rápido e menos eficiente na progressão da doença comparativamente com as drogas acima mencionadas. Contrariamente à digoxina, o celastrol e o ácido gambógico são também eficientes quando administrados em fases tardias do desenvolvimento da artrite, sendo este resultado muito importante no contexto da prática clínica. Estes resultados sugerem que a inibição da polarização das células Th17 per se parece ser uma estratégia com uma eficácia limitada, pelo menos no que diz respeito à fase estabelecida da doença. No seu conjunto, os resultados da presente tese suportam a hipótese de que a IL- 1β desempenha um papel mais relevante na fase inicial do que na fase tardia da artrite reumatóide. Estes novos dados têm assim uma implicação clínica importante, ao sugerirem que a introdução precoce de terapêuticas direcionadas às vias reguladoras de IL-1β poderão ser particularmente eficazes na indução da remissão na fase inicial da doença, devendo esta estratégia ser avaliada em doentes com artrite reumatóide.Sociedade Portuguesa de Reumatologia, Pfizer; Fundação para a Ciência e a Tecnologia (SFRH/BD/40513/2007

    Evaluation of the sociodemographic, clinical-laboratorial and therapeutic profile of rheumatoid arthritis patients who participated of research projects in the Escola Paulista de Medicina in the last 25 years

    Get PDF
    OBJECTIVE: To analyse the clinical, laboratory, treatment and social progress of patients with rheumatoid arthritis (RA) who attend at Escola Paulista de Medicina (EPM-UNIFESP), Brazil, submitted to researching theses from 1979 to September, 2004. PATIENTS AND METHODS: 65 researches theses were reviewed and 26 were selected according inclusion/exclusion criterias. Inclusion: researches which analysed outpatients with RA belonging to EPM ambulatory. Exclusion: researches which included outpatients from other institutions or diseases. Classifications of the studies: a) period of conclusion: I (1979-1984); II (1985-1989); III (1990-1994); IV (1995-1999); V (2000-2004); b) type of the study: laboratory; rehabilitation; radiology; epidemiology; quality of life; health economics. RESULTS: Twenty six thesis out of 65 were suitable for analysis there was a predominance of basic research (7 thesis) on the first three periods, followed by reabilitation research (6 thesis) and measurement of quality of life (5 thesis). Concerning demographic data, patients were in average, 52 years old with prevalence of white females. High levels of schooling were noted for the last periods analysed. Patients functinal class were evaluated in 11 studies, with a predominance of functinal class II. Therapeutic strategies for the treatment of RA have changed significantly, showing DMARDs in the therapeutic options. CONCLUSIONS: The demographic, clinical, laboratory, and therapeutic characteristics changed along time and type of this study developed. Initially there was a preference for NSAIDs, and nowadays for DMARDs.OBJETIVO: descrever o perfil sociodemográfico, clínico-laboratorial e terapêutico dos pacientes com artrite reumatóide (AR) do ambulatório de reumatologia da Escola Paulista de Medicina (EPM-UNIFESP) que participaram de teses de pós-graduação no período de 25 anos, compreendido entre 1979 e 2004. PACIENTES E MÉTODOS: teses que avaliaram pacientes com AR da EPM. Exclusão: teses que incluíram pacientes de outras instituições ou com outras doencas. Classificação dos estudos: conforme o período de conclusão - I (1979-1984); II (1985-1989); III (1990-1994); IV (1995-1999); V (2000-2004) - e tipo de estudo (pesquisa básica; reabilitação; radiologia; qualidade de vida; epidemiologia e economia de saúde). RESULTADOS: Foram selecionadas 26 de 65 teses. Houve um predomínio de pesquisa básica (7 teses) nos três primeiros períodos, seguidos por reabilitação (6 teses) e de qualidade de vida (5 teses). Demografia: média de idade de 52 anos, predomínio do sexo feminino e raça branca. A escolaridade, avaliada em 5 estudos (qualidade de vida e economia de saúde), apresentou nível médio e superior de ensino nos últimos períodos. A classificação funcional (CF) foi pesquisada em 11 estudos, com maior prevalência da CF II. Tratamento: predomínio do uso de antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs) e corticóides nos períodos I a III e, nos períodos III e V, de drogas modificadoras de atividade de doença (DMARDs), especialmente de metotrexato (MTX). CONCLUSÕES: observou-se alteração no nível de escolaridade e predomínio dos estudos de pesquisa básica, reabilitação e qualidade de vida. Houve preferência inicial pelos AINEs e, atualmente, pelos DMARDs.UNIFESP-EPMSociedade Brasileira de ReumatologiaUNIFESP, EPMSciEL

    Motivos de internação dos pacientes com artrite reumatóide.

    Get PDF
    Trabalho de Conclusão de Curso - Universidade Federal de Santa Catarina. Curso de Medicina. Departamento de Clínica Médica

    Alterações laringeas em pacientes com artrite reumatóide

    Get PDF
    Trabalho de Conclusão de Curso - Universidade Federal de Santa Catarina. Curso de Medicina. Dapartamento de Clínica Cirúrgica
    corecore